Cadeia de Bicas é desativada por falta de segurança

A Polícia Militar abandonou a segurança externa da cadeia de Bicas, alegando que não é função da instituição. O problema é que não havendo agentes penitenciários suficientes para vigiar os presos a unidade foi fechada hoje (25). Todos os presos foram transferidos para o Ceresp de Juiz de Fora. Do lado de fora, os muros não são altos.  Dentro, algumas celas vazias, ficam em outro pavilhão e não têm segurança suficiente. Outras foram depredadas. Mesmo assim, a cadeia não estava superlotada. Ela tem capacidade para 70 pessoas. Apenas um agente penitenciário desarmado é responsável pela segurança dos cerca de 40 presos que estavam no imóvel. Nos dias de visita, a situação era pior porque o único profissional cuidava também da revista.

A presidente da OAB local, advogada Maria Cristina de Souza Carreiro, informou que o caso já vem se arrastando há algum tempo quando a polícia militar deixou de fazer o policiamento externo alegando não ser um problema de sua competência. Segundo a advogada o problema foi levado ao Juiz de direito, Dr. Ricardo Domingues que convocou uma reunião com os prefeitos das quatro cidades que compõem a comarca (Bicas, Guarara, Maripá e Pequeri), tentando uma solução para o problema, porém, Dra. Cristina, “faltou vontade política”. Em vista disso, a secretaria de interior e justiça, optou por desativar a cadeia efetivando a transferência dos 23 presos para o CERESP em Juiz de Fora, restando ainda outros nove em regime semiaberto, que também deverão ser transferidos, completando a desativação total da cadeia da comarca.

“O grande problema é que as quatro cidades da comarca de Bicas estarão a partir de hoje (25), passarão a enfrentar um velho e conhecido problema para arranjar vagas para os eventuais presos, sendo obrigadas a recorrer a Juiz de Fora que já possui uma população carcerária muito acima de sua capacidade”, lamentou a presidente da OAB/Bicas.